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26/05/2011 03h38

Engenheiros em Perigo

A engenharia civil é uma das profissões em alta. Faltam engenheiros para as obras na área de infraestrutura e engenheiros experientes para elaborar projetos de saneamento e construção de barragens, por exemplo.

ÁLVARO MENEZES - Diretor Nordeste da Abes.

    Melhor também verificar que faltam engenheiros com experiência na coordenação, gerenciamento e execução dessas obras.

    O atraso no PAC tem causas que são conhecidas por qualquer profissional de engenharia ou gestor público mais atento: projetos de engenharia incompletos e sem planejamento. Assim, sobram contratos não concluídos e serviços mal executados.

    Os órgãos de fiscalização, para controlar preços, no caso do saneamento, usam o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), como uma tabela de preços e encargos para obras e serviços de engenharia, e não como uma pesquisa mensal que informa os custos finais e índices da construção civil.

    Este sistema, implantado em 1969 no Banco nacional de Habitação, é adotado como tabela de preços na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) do governo federal, o que é uma grave distorção na forma como deve ser avaliado o orçamento de projetos e obras de saneamento.

    É interessante observar que para estradas e barragens valem tabelas do DNIT e DNOCS, e para saneamento não servem nem os preços legalmente compostos pelas empresas estaduais de saneamento, nem pelos serviços municipais e nem pelas secretarias estaduais.

    Desta forma, trabalhar como engenheiro nas obras do PAC é um desafio permanente e de extremo cuidado com a responsabilidade profissional, pois cada contrato traz projetos que não puderam ser completos por falta de tempo de execução e dinheiro, além de se fundamentar em planilhas orçamentárias irreais e inadequadas aos locais das obras, por se basearem no SINAPI, como preço máximo.

    Na África do Sul eles viraram campos de rúgbi, aqui, em muitos lugares depois da Copa, virarão fontes de desperdício de dinheiro público. As obras dos estádios estão todas atrasadas e as dos aeroportos nem começaram, ou seja, os engenheiros e arquitetos responsáveis pelos projetos e obras dessas unidades estão com sua reputação em jogo, podendo ser substituídos pelos construtores indicados pela Fifa e taxados de incompetentes por não terem atendido aos prazos.

    Por outro lado, poderão ter que exagerar nos coeficientes de segurança para evitar riscos de desabamento de estruturas, causando a elevação de custos.

    A FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), os Sindicatos de Engenheiros e o Conselho Federal (Confea) devem mobilizar-se, urgentemente, pela proteção aos profissionais envolvidos com as obras da Copa e do PAC. “Os engenheiro não pode ficarem quietos”, conforme a novíssima gramática do Ministério da Educação.

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